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Edutechs: entenda as startups de educação

 

O casamento da educação com a tecnologia vai muito bem, obrigado. A mais recente revolução industrial e tecnológica permitiu que várias áreas fizessem um exercício de repensar toda a maneira de fornecer produtos e serviços. Com a educação, não foi diferente. Hoje, surgem dezenas de Edutechs com alternativas ao método tradicional de ensino. Se as fintechs dominaram o mercado na última década, especialistas dizem que os próximos 10 anos devem ser das edutechs.

Mas o que são, afinal, as edutechs? Startups que misturam educação e tecnologia, usando soluções inovadoras como realidade virtual, inteligência artificial e big data ou repensando modelos de negócio que, comparados ao nosso estilo de vida, estavam engessados.  O resultado é uma educação mais agilizada, democrática, efetiva e que prepara os estudantes para o futuro. 

 

Edutechs

 

Isso significa que basta tecnologia para melhorarmos a educação das crianças? Na verdade, não. Uma pesquisa da JPAL North America fez um compilado de 126 estudos sobre edutechs e descobriu que, muitas vezes, a tecnologia pode ser uma inimiga e aumentar problemas de acesso à educação.

O fato incontestável é que disponibilizar computadores, por exemplo, aumenta a habilidade das crianças e adolescentes ao utilizar as máquinas. Mas o uso dos PCs não está relacionado à melhores notas.

Na Lumiar, por exemplo, entendemos a tecnologia na educação como ferramenta fundamental para o ensino, mas nossa compreensão e aplicação das inovações em sala de aula vão muito além de disponibilizar computadores ou outros gadgets para estudantes. Pensamos que a tecnologia nos ensina sobre forma de raciocinar e pode ajudar no desenvolvimento de lógica das crianças. Além disso, preparamos os estudantes para um mundo hiperconectado – ou seja, discutimos sobre temas de importância vital na década, como excesso de informações e fakenews.

 

Edutechs: do material ao vestibular

A melhor maneira de entender como funcionam essas empresas são os exemplos práticos do que elas têm fazendo pela nossa educação. Aqui no Brasil são 364 edutechs, segundo a Associação Brasileira de Startups – maior número entre as startups cadastradas. Ou seja, os brasileiros realmente entenderam a oportunidade (e a necessidade) de evoluir a metodologia de ensino.

O número de jovens companhias brasileiras investindo nesse ramo mostra que há lacunas a serem preenchidas em quase todas as etapas e elementos de ensino. Ou seja, do jardim de infância ao curso superior, da utilização de realidade virtual para ensinar à mudança no jeito de vender material escolar, startups estão modificando todos esses processos. 

A variedade começa pela Eduvem, startup que usa tecnologia, design e usabilidade para criar aplicativos e ferramentas que auxiliam na aprendizagem e passa pela já consolidada e famosa Descomplica, modelo de assinatura com aulas online focada em vestibulares.

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Ensino híbrido: tecnologia a favor do aprendizado

 

Em uma época que uma criança é capaz de buscar no Google antes mesmo de saber escrever, trabalhamos com o ensino híbrido, aprendizagem que significa mesclar os encontros presenciais com atividades não presenciais.

Comum no ensino superior, a educação básica também pode se beneficiar desse modelo de aprendizagem. Fábia Apolinario, gerente de implementação da Lumiar, explica como isso se dá na Lumiar.

 

Ensino híbrido

 

“A Lumiar reconhece o estudante em toda a sua potencialidade e organiza o currículo com atividades que o levam a desenvolver uma gama de competências fundamentais, como autonomia e responsabilidade. Nesse contexto, o ensino híbrido é importante porque a tecnologia permite o aprofundamento do conteúdo trabalhado em sala e cria oportunidades para que a criança ou adolescente possa coplanejar os objetivos de aprendizagem e as etapas de suas atividades.” 

Isso fica evidente no desenvolvimento dos projetos individuais – momento de estudo introspectivo e individualizado sobre um tema de interesse do estudante. Para embasar a pesquisa, os estudantes tanto realizam saídas a campo, entrevistas e questionários, como efetuam pesquisas nas plataformas tecnológicas, sempre orientados pelo tutor. 

 

Como é estruturado o ensino híbrido

Em 2018, um relatório da Clayton Christiensen mostrou que, apesar de um longo caminho a ser trilhado, o Brasil tem mostrado avanços no estudo híbrido. Cerca de 94% dos profissionais entrevistados (professores, tutores, diretores e etc) disseram que utilizam alguma forma de aprendizado online – mas isso não significa que há o blended learning

Uma análise feita pelos pesquisadores é de que muitas escolas que se dizem híbridas são apenas “ricas em tecnologia”. Ou seja: algumas escolas usam tecnologia apenas para facilitar a pesquisa, mas não a integra à construção ativa do aprendizado.

Na Lumiar, entendemos esse desafio e, para superá-lo, acreditamos que tudo começa na formação da equipe pedagógica nesse contexto. Tutores, mestres e outros profissionais precisam se apropriar da tecnologia no fazer educacional, mas não tê-la como um fim em si mesmo.

“Sabemos que nem sempre a utilização da tecnologia significa que seu conteúdo ou ferramentas serão brilhantes, além de entendermos que a tecnologia por si só não garante um aprendizado significativo”, ressalta Fábia.

No desenvolvimento dos projetos, por exemplo, realiza-se investigação e tratamento da informação online em diferentes momentos, além da possibilidade de os estudantes interagirem com mestres online no desenvolvimento de projetos – profissionais que podem ser tanto do Brasil como de qualquer parte do mundo, numa verdadeira comunidade global.  

A tecnologia, portanto, é uma aliada para que se haja aprofundamento do conteúdo trabalhado em sala e a busca de novas fontes para enriquecer o repertório ou ampliar a comunicação.