Em uma época que uma criança é capaz de buscar no Google antes mesmo de saber escrever, trabalhamos com o ensino híbrido, aprendizagem que significa mesclar os encontros presenciais com atividades não presenciais.
Comum no ensino superior, a educação básica também pode se beneficiar desse modelo de aprendizagem. Fábia Apolinario, gerente de implementação da Lumiar, explica como isso se dá na Lumiar.
“A Lumiar reconhece o estudante em toda a sua potencialidade e organiza o currículo com atividades que o levam a desenvolver uma gama de competências fundamentais, como autonomia e responsabilidade. Nesse contexto, o ensino híbrido é importante porque a tecnologia permite o aprofundamento do conteúdo trabalhado em sala e cria oportunidades para que a criança ou adolescente possa coplanejar os objetivos de aprendizagem e as etapas de suas atividades.”
Isso fica evidente no desenvolvimento dos projetos individuais – momento de estudo introspectivo e individualizado sobre um tema de interesse do estudante. Para embasar a pesquisa, os estudantes tanto realizam saídas a campo, entrevistas e questionários, como efetuam pesquisas nas plataformas tecnológicas, sempre orientados pelo tutor.
Como é estruturado o ensino híbrido
Em 2018, um relatório da Clayton Christiensen mostrou que, apesar de um longo caminho a ser trilhado, o Brasil tem mostrado avanços no estudo híbrido. Cerca de 94% dos profissionais entrevistados (professores, tutores, diretores e etc) disseram que utilizam alguma forma de aprendizado online – mas isso não significa que há o blended learning.
Uma análise feita pelos pesquisadores é de que muitas escolas que se dizem híbridas são apenas “ricas em tecnologia”. Ou seja: algumas escolas usam tecnologia apenas para facilitar a pesquisa, mas não a integra à construção ativa do aprendizado.
Na Lumiar, entendemos esse desafio e, para superá-lo, acreditamos que tudo começa na formação da equipe pedagógica nesse contexto. Tutores, mestres e outros profissionais precisam se apropriar da tecnologia no fazer educacional, mas não tê-la como um fim em si mesmo.
“Sabemos que nem sempre a utilização da tecnologia significa que seu conteúdo ou ferramentas serão brilhantes, além de entendermos que a tecnologia por si só não garante um aprendizado significativo”, ressalta Fábia.
No desenvolvimento dos projetos, por exemplo, realiza-se investigação e tratamento da informação online em diferentes momentos, além da possibilidade de os estudantes interagirem com mestres online no desenvolvimento de projetos – profissionais que podem ser tanto do Brasil como de qualquer parte do mundo, numa verdadeira comunidade global.
A tecnologia, portanto, é uma aliada para que se haja aprofundamento do conteúdo trabalhado em sala e a busca de novas fontes para enriquecer o repertório ou ampliar a comunicação.